- Autor
- Christian Ingrao ; André Telles
- Editora
- Zahar
- Assunto
- Ciências Humanas
- Ano
- 2015
- Páginas
- 474
- ISBN-13
- 9788537814062
- ISBN-10
- 8537814067
- E-ISBN
- 9788537814246
- Edição
- 1ª
Crer e destruir
os intelectuais na máquina de guerra da SS nazista
Apoiado por uma incansável investigação, o autor retraça o destino dos intelectuais que formavam uma das principais elites de Hitler Brilhantes, jovens e cultos, eles tinham pela frente um futuro notável como advogados, economistas, historiadores e filósofos. Mas preferiram o engajamento nos órgãos de repressão de Hitler, em particular a SS - a famosa e temível unidade de proteção da elite do Partido Nazista - e seu Serviço de Segurança (SD). Especialista em estudos da guerra e nazismo, Christian Ingrao investiga os mecanismos de cooptação política, científica e ideológica de oitenta jovens da elite intelectual pela ideologia nazista e pela ideia do extermínio em massa. Partindo de uma pesquisa exaustiva nos arquivos do Terceiro Reich, e de um profundo estudo do contexto universitário alemão da época, ele reconstrói o trajeto de homens que escolheram fazer parte das instituições mais assassinas e sanguinárias do século XX. Como ensina Ingrao, a história do nazismo é tecida não só de experiências pessoais, mas também de fervor e angústia, utopia e crueldade. E, graças a este estudo pioneiro, podemos compreender hoje o percurso desses homens para crer e destruir. "É o que torna essa história profundamente perturbadora: lembrar que o nazismo suscitou um imenso 'fervor'. Não só entre as massas, mas também dentre aqueles de quem se poderia esperar que a inteligência e a cultura fossem baluartes contra a abjeção." Le Monde "Um estudo importante e original sobre ideologia e experiência... Oferece uma explicação diferente e poderosa de como homens instruídos se tornaram executores de assassinatos em massa." Richard Evans, Universidade de Cambridge "Com grau de detalhamento envolvente, Christian Ingrao nos guia de maneira astuciosa e segura por esse mundo chocantemente normalizado." Geoffrey Eley, Universidade de Michigan
pág. | capítulo | |||
---|---|---|---|---|
1 | Sumário | |||
9 | Prefácio | |||
Parte I. Certa juventude alemã | ||||
15 | 1. Um “mundo de inimigos” (I) | |||
15 | A deflagração da guerra | |||
22 | O silêncio dos Akademiker | |||
27 | Os “anos de turbulência”: uma experiência de guerra? | |||
2. A fábrica de redes | ||||
32 | Centros de estudo | |||
38 | Núcleos de associação | |||
46 | Redes de solidariedade | |||
50 | 3. Intelectuais militantes | |||
50 | A construção dos saberes acadêmicos | |||
58 | Saberes e militância (1919-33) | |||
62 | “Ciências de guerra” e intelectuais SS sob o Terceiro Reich | |||
68 | A sombra da Primeira Guerra | |||
Parte II. A adesão ao nazismo: um engajamento | ||||
73 | 4. Ser nazista | |||
74 | O fundamento do dogma | |||
86 | Nas fontes do fervor nazista: um projeto de refundação sociobiológica | |||
88 | A apropriação do sistema de crenças | |||
96 | 5. O ingresso no SD | |||
96 | Filiar-se ao Partido? | |||
109 | Rumo ao SD: itinerários nazistas | |||
115 | O recrutamento. Uma mecânica social do engajamento | |||
6. Da luta ao controle | ||||
123 | Do “Serviço de Segurança da SS” (SD) ao “Escritório Central de Segurança do Reich” (RSHA) | |||
134 | Um “mundo de inimigos” (II) | |||
143 | Controlar | |||
156 | Parte III. Nazismo e violência: o paroxismo (1939-45) | |||
159 | 7. Pensar o Leste, entre utopia e angústia | |||
161 | A maldição da insularidade germânica | |||
170 | O projeto de refundação sociobiológica nazista | |||
174 | Planejar e instalar: formas do fervor nazista | |||
180 | 8. Razões de guerra, retórica nazista | |||
180 | Da guerra reparadora à “grande guerra racial” | |||
187 | Do discurso cerceador ao discurso genocida | |||
200 | Exprimir a violência: retóricas defensivas, retóricas utópicas | |||
9. A violência em atos | ||||
211 | A experiência da violência | |||
223 | Violência demonstrativa, violência extirpadora | |||
241 | Uma violência transgressiva | |||
263 | A violência como rito de iniciação | |||
272 | 10. Os intelectuais SS face à derrota | |||
273 | A derrota abstraída do real | |||
281 | Finis germaniae (II). A angústia revisitada | |||
288 | O desfecho | |||
295 | 11. Os intelectuais SS no banco dos réus | |||
295 | As estratégias de negação | |||
305 | As estratégias de despistamento | |||
312 | As estratégias de justificação: o caso Ohlendorf | |||
321 | Conclusão: Memória de guerra, militância e genocídio | |||
335 | Glossário | |||
336 | Notas | |||
421 | Fontes e bibliografia | |||
430 | Fontes impressas | |||
435 | Bibliografia | |||
465 | Agradecimentos | |||
469 | Índice onomástico | |||
472 | Índice toponomástico |